O Ministério da Saúde divulgou, na semana passada, a maior pesquisa já realizada sobre o comportamento sexual dos brasileiros e os resultados não são muito animadores. Nos últimos 4 anos, o uso de preservativos caiu, as pessoas começaram a fazer mais sexo casual e os jovens, com frequência, mantêm relações com pessoas que conhecem na internet. Em 2004, o ministério fez um estudo semelhante, embora menos abrangente. Naquele ano, 25,3% dos entrevistados afirmaram sempre usar camisinha. Este ano, esse índice caiu para 21,5%. Segundo o estudo, nas relações com parceiros casuais, por exemplo, 68% dos entrevistados de 15 a 24 anos usaram preservativo todas as vezes nos últimos 12 meses. Já entre os entrevistados com mais de 50 anos, 32% disseram ter usado o preservativo em todas as relações nas mesmas situações (com parceiros casuais) no último ano. E os jovens brasileiros podem até se proteger mais de doenças venéreas e gestações indesejadas, porém praticam mais sexo casual e sem compromisso. De acordo com a pesquisa, 14,6% dos entrevistados com menos de 24 anos tiveram mais de cinco parceiros eventuais ao longo de 1 ano. Entre os que têm entre 24 e 49 anos, o índice cai para 7,2%. Além disso, os que têm mais de 15 e menos de 24 anos já usam a internet como meio de paquerar e fazer novos amigos: 10,5% dos que tiveram pelo menos um parceiro no último ano conheceram a pessoa na rede mundial. Sinal dos tempos. Para o bem ou para o mal. “Os jovens nasceram na era da aids, por isso, a relação com o preservativo é mais habitual”, analisa Mariângela Simão, diretora do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde. Apesar disso, mesmo os mais jovens deixam de usar camisinha a partir da segunda vez que fazem sexo com a mesma pessoa. Se 61% garante usar o preservativo na primeira vez, o índice cai para 50% depois do segundo encontro. Mariângela explica que “depois que se estabelece a confiança entre o casal, o uso do preservativo deixa de ser prioridade, em especial, para as meninas”. Quem namora ou está casado tende, de fato, a deixar a camisinha de lado. Entre os entrevistados que disseram ter parceiros fixos, 30,7% dos jovens garantem fazer uso do preservativo, enquanto na faixa de 25 a 49 anos só 16,6% adotam a mesma postura. Um descuido que pode custar caro.
Ação social na FUNDAÇÂO CASA (ANTIGA FEBEM)IURD ajuda na ressocialização de menores da Fundação Casa
Voluntários da Igreja Universal do Reino de Deus de todo o Brasil visitam, diariamente, unidades da Fundação Casa. Em São Paulo, cerca de 150 pessoas acompanham o pastor Geraldo Vilhena, – responsável pelo trabalho no Estado – nas reuniões realizadas nos locais. Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência (SEDH/PR), no Brasil, o número de menores infratores que cumpre pena aumentou em 28%, entre 2002 e 2006. Em média, há nove adolescentes em regime de internação para cada um em regime semi-aberto. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará são os Estados com maior execução para este regime. Com o objetivo de ajudar na reintegração desses jovens na sociedade, há sete anos a IURD conta com a ajuda de voluntários de todas as áreas para a realização do trabalho espiritual. Durante os encontros, os internos recebem uma palavra de fé e de esperança. “Nós oramos para que eles sejam libertos dos problemas espirituais e possam receber a presença de Deus”, diz o pastor Geraldo. Semanalmente, são distribuídos cerca de três mil exemplares da Folha Universal e mensalmente mil livros e duas mil revistas Plenitude, para que os adolescentes possam conhecer, de uma forma diversificada, a Palavra de Deus. O grupo também organiza palestras sobre saúde da mulher – nas unidades femininas –, higiene e educação, além de oferecer doações e amparo aos familiares dos internos. No mês passado, cerca de 200 famílias do Complexo do Brás receberam lanches, roupas, calçados e brinquedos. “Durantes esses eventos, procuramos conscientizar todos sobre a importância de resgatar os valores da família, da formação da criança e do adolescente para a nossa sociedade”, explicou o pastor, acrescentando uma palavra de fé aos que estão sofrendo por terem algum parente sendo escravizado pelo mundo do crime: “Disse o Senhor que se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”, finalizou.