segunda-feira, 31 de março de 2014

O segredo do mel da pedra

Qual seria a razão da tristeza que o rei sentia?













Conta-se que, há muitos anos, um jovem rei chamado Samião tomou-se muito triste e amargurado. Já não se interessava pelas festas do palácio e mal punha na boca a comida que lhe preparavam. 
O homem andava abatido e desgostoso da vida. Ora, como pode o soberano de um grande e poderoso país levar seu povo a grandes conquistas se a própria alma está abatida?
Era mesmo muito estranha aquela situação. O reino que herdara era um dos mais ricos do Oriente; seu palácio, uma das maravilhas do mundo antigo. Seu povo o amava e o servia com a mesma fidelidade que dedicara a seu pai. Os rebanhos eram incontáveis. As chuvas vinham na hora certa e os campos produziam mais e mais. Qual seria a razão da tristeza que o rei sentia?
Pelo fato de o rei já não se alimentar como antes e não mostrar nenhum interesse pela comida que lhe traziam, mensageiros foram enviados a reinos distantes, para buscar os melhores manjares, a fim de trazer de volta o ânimo para sua alma. Mas nem assim o rei se alegrou.
No reino havia um velho sábio, que conhecia a Palavra de Deus e nela encontrava remédio para todos os males. Era o ministro mais antigo, respeitado e admirado por todos, e chamava–se Vernizeu. O velho havia servido com fidelidade o pai do jovem rei e prometido a ele que tudo faria para que seu jovem filho o sucedesse com coragem e justiça.
Assim ele veio à presença do rei. "Majestade", disse o sábio, continuando: "Por muitos anos servi a vosso pai e sei de onde ele tirava a força para construir o reino que viestes a herdar. Tu também hás de recuperar as forças e reinar por muitos anos quando provares do mel da pedra."
"Nunca ouvi falar de tal coisa", respondeu o rei. "Mas confio em ti e estou pronto a prová-lo agora mesmo."
"O jovem rei há de prová-lo. Mas é preciso que siga com rigor minhas instruções. Amanhã, antes de o sol nascer, tome o caminho do bosque, onde estarei a lhe esperar junto à cabeceira. É importante que o rei vá só e não revele o segredo a ninguém."
Na manhã seguinte, conforme o velho havia dito, o jovem partiu a cavalo em direção ao bosque. No caminho, caiu nas mãos de salteadores que lhe vendaram os olhos e o amarraram. Eles o lançaram no fundo de uma carroça e partiram para uma terra distante.
Dias depois, faminto e cansado, o rei foi abandonado à própria sorte. Os ladrões levaram tudo que ele tinha. Apenas trapos de saco cobriam o corpo dele. Olhou para um lado e para o outro, não sabendo onde estava. Poucas vezes deixara o palácio e nunca em sua vida estivera sozinho. Assim, ele começou a andar em busca do socorro. Se aproxima a noite: céu escuro, torrentes de chuva, vento gelado – longa noite de espera pelo sol.
Quando amanheceu, avistou ao longe um povoado. Reuniu as forças e se apressou, pensando que ali era seu reino. O local era uma vila de lavradores. Eles viviam da plantação de algodão.
A única ajuda que lhe ofereceram foi o serviço no algodoal, que estava para ser colhido. Trabalhando ali, faria jus ao pão de que necessitava.
O algodão macio crescia envolvido por espinhos, logo, as mãos do rei estavam arranhadas e feridas. Quando enfim pôde comer o pão seco, esse lhe parecia a melhor refeição que tivera na vida. O rei tinha que trabalhar pelo sustento e pela roupa. Os dias eram árduos e a luta pela sobrevivência intensa.
Os dias de calor intenso, as noites frias de chuva, o dia de trabalho que começava de madrugada e se estendia até o escurecer, foram trazendo pujança e coragem para a sua alma. A vida sem amigos o fez depender de si próprio. Passado muito tempo, o rei entendeu que se quisesse voltar à sua terra, teria de fazê-lo por conta própria. Obstinadamente caminhava e a cada passo mais forças tinha para chegar.
Era um homem completamente mudado. Seus pés descalços eram marcados pelas estradas e as mãos pelos espinhos. Sua barba e cabelo eram longos. Nem de longe parecia o jovem rei que havia sumido anos atrás. Ao se aproximar do palácio foi detido pelos guardas, que ao ouvirem a sua estória o levaram aos ministros.
Reunidos na sala real, eles passaram a investigar o caso. "Como poderemos saber se és mesmo o rei desaparecido", perguntaram eles.
"O ministro mais antigo de meu pai, Vernizeu, o sábio, há de lhes confirmar a história que contei e do encontro no bosque ao qual jamais pude comparecer", respondeu ele.
"Vernizeu é morto", disseram os ministros. "No entanto, antes de morrer, nos revelou o segredo da força de um rei. Se queres reinar sobre nós e se és quem dizes ser, certamente conheces o segredo."
"Sim, conheço!" Exclamou o rei. ''Nos dias da minha tristeza, nem os mais finos manjares que meus servos trouxeram de outros reinos serviram para me devolver as forças. Agora sei que o alimento que precisava estava no segredo do mel da pedra. Não há mais doce no mundo e que tenha melhor sabor.
Faz-nos fortes e corajosos. Cada pedra no caminho, cada luta, cada adversidade, tem na verdade um mel escondido, que será dado àquele que lutar e vencer o obstáculo. Assim fui colocado diante das pedras para que delas tirasse o mel. Um rei sem desafios é um rei fraco e triste, que não serve para governar seu povo."
Dessa forma, os ministros comprovaram que se tratava do rei Samião e com uma grande festa lhe restituíram a coroa. O rei passou a lutar pelo seu reino e o fez ainda mais forte e poderoso.
Diz a Palavra de Deus que cada pedra encontrada no caminho possui um mel. Sem lutas não há vitórias. Os prazeres do mundo não podem se comparar ao maravilhoso sabor da vitória, do mel da pedra.


UNIVERSAL NA FUNDAÇÃO CASA




Neste ultimo domingo, foi realizado, um almoço especial para mães dos adolescentes da fundação casa,
Na Igreja Universal do Reino de Deus – Brás


Os voluntários preparam variados pratos de doces e salgados para oferecer este almoço com a coordenação
Do Pastor Geraldo Vilhena responsável pelo
Trabalho de evangelização nas unidades da Fundação
Casa de São Paulo.











As mães foram trazidas das unidades pelos voluntários
Não só participarem do almoço, mas principalmente.
Do conteúdo passado pela palestra e através de testemunhos vivenciados por ex traficantes, criminosos e ex – drogados. Que hoje estão libertos e sendo conduzidos
Pelo espírito de DEUS levando sua história para libertar
Os que estão cativos nas mãos do mal.

 Pelos testemunhos apresentados pelo Sr. Amauri e Sra. Nelma, que estiveram envolvidos por muitos anos nas drogas , trafico e criminalidade, fica claro que a guerra é espiritual. Existe sempre um espírito do mal agindo por traz da pessoa envolvida com as drogas e criminalidade.


O Pastor Geraldo, dá uma palavra sobre o espírito do engano. Ele diz; porque e este espírito que está agindo na vida de seus filhos ele entra na mente dos jovens que estão.
Vazios da presença de DEUS e encontram passagem livre
Para agir, fazendo com que seus filhos pratiquem o mal.
Fazendo com que acreditem que o que fazem é normal, não conseguem visualizar que estão fazendo mal á outras.
Pessoas e que vão ter que pagar um preço por isto, só que infelizmente a família também acaba sendo envolvida.
Pelo mal que o filho executou. As mães nunca acreditam
Que seus filhos foram usados pelo mal. Mas como o menino é bom, sempre haverá possibilidade para recuperação. A luta é diária contra a ação do mal ,as mães
Devem usar a armas da FÉ fazendo propósitos e correntes
De libertação pela vida de seus filhos. Porque quando aceitamos a Jesus Cristo em nossa vida as perseguições
Aumentam e há somente uma saída usar a FÉ.
Temos sempre que estar com nossa FÉ em cima e deixar os problemas em segundo plano. Todos os dias somos desafiados e devemos estar sempre com o coração limpo
Para não sermos contaminados com a ação do mal.


Após esta mensagem o Pastor Geraldo faz uma oração
Forte de libertação e pede para os obreiros ficar atentos
E orar também pela vida das mães ali presentes.












UNIVERSAL NA FUNDAÇÃO CASA

























































Filhos das internas da Fundação Casa.

Por Andrea Dip andrea.dip@folhauniversal.com.br
Uma porta pesada de ferro se abre. Um guarda, um detector de metais e uma cabine blindada aparecem. Mais alguns passos, e o barulho da porta se fechando identifica que daquele lugar não entra e sai quem quer. Um caminho de concreto, mais algumas portas, mais um ou dois guardas, mais um portão fechado. Através das grades é possível ouvir bebês e vozes de adolescentes. Lá, o clima tenso desaparece e, às vezes, dá para esquecer que se está em uma Unidade Feminina de Internação Provisória (UIP) da Fundação Casa, ex-Febem. Em poucos metros quadrados funciona a Casa das Mães, que separa adolescentes grávidas e com bebês das outras internas. Ao todo, a unidade abriga 118 meninas de 12 a 20 anos incompletos, e o tempo médio de internação é de 1 ano e meio. No momento da visita, algumas meninas pintavam quadros, outras faziam pães e doces em uma grande cozinha. K., de 16 anos, era uma delas. De avental branco e sorriso largo, ela conta que “rodou” (foi pega), junto com o marido, de 48 anos, por tráfico de drogas e está na UIP há 9 meses. “O juiz disse que ele me usou. Mas eu acho que ninguém usa ninguém, vai por esse caminho quem quer”, diz a jovem, que entrou grávida de 4 meses e teve a filha num hospital conveniado à Fundação. “Eu entrei dizendo: ‘vou traficar, a vida do crime é isso mesmo’. Agora, penso na minha filha, em como vai ser.” Até março de 2006, as meninas que entravam grávidas na Fundação Casa eram levadas a um abrigo assim que os bebês nasciam e lá ficavam com os filhos por 4 meses. Após esse período, as mães voltavam para a internação e os filhos iam para a família da menina ou para um orfanato. Grande parte das meninas fugia e nem voltava para a Febem. A Casa das Mães, com 12 vagas, não supre a demanda de todo o Estado, mas é a única em São Paulo e possibilitou que os bebês fiquem com as mães até o final da medida sócio-educativa. “Aqui é feito o pré-natal, há acompanhamento psicológico. Os bebês são tratados no posto de saúde da região, tomam as vacinas e não lhes faltam alimentos, roupas e estrutura”, conta Maria Isabel Melo, diretora do Internato Feminino, que fica no bairro da Mooca, zona leste da capital paulista. As roupas e brinquedos chegam através de doações e, por vezes, são trazidos por familiares das meninas. Ali, os bebês ficam 24 horas ao lado das mães. O quarto grande é coletivo, com berços ao lado das camas. As meninas lavam a própria roupa e a dos filhos, ajudam na comida, na limpeza e têm oficinas de panificação, manicure e, a mais procurada, de bordado. Maria Isabel explica que as adolescentes que chegam grávidas têm geralmente o mesmo histórico: “O tráfico é o motivo mais comum. Geralmente, é por amor. Elas se envolvem na vida dos companheiros e quando elas vêm para cá, eles são presos. A maioria já tem filhos de outros relacionamentos”, diz. Essa é a história de J., 17 anos. Há poucos dias na unidade, está grávida de 38 semanas e conta que deixou uma filha de 3 anos com a mãe. Esse é seu maior sofrimento. “Minha mãe cuida bem, mas disse que não vem me visitar nem trazer minha filha, porque preciso pagar pelo que fiz. Entrei para o tráfico porque era o caminho mais rápido para comprar as coisas que eu queria. Mas nem de perto é o caminho mais fácil”, diz, amadurecida pela realidade. E para o futuro? J. faz uma pausa de silêncio enquanto mexe na longa trança de cabelos negros: “Quero conhecer pessoas que me ajudem não com dinheiro, mas com um ombro. Quero cuidar da minha família, dos meus filhos”. E o pai? “O pai da minha filha é do crime. E o pai do meu filho está preso”. Para o psicólogo Rubens Maciel, as meninas que vão para a Fundação Casa têm a família desestruturada ou vivem em situação de miséria. “Elas saem de casa porque o convívio com os pais e irmãos é degradante, violento. E, não encontrando segurança em casa, vão procurar esse carinho em um namorado que também vem de uma situação semelhante”, explica. Por esse quadro caótico, Maciel acredita que a situação dos bebês que nascem atrás das grades é relativa. “Se você comparar com a rua, eles estão em uma situação melhor, porque nada falta, estão num ambiente seguro. Mas, se comparada à situação de uma família estruturada, eles estão em uma condição pior, porque estão privados de liberdade por um delito cometido pela mãe”. É o caso da bebê de G. (de 18 anos), interna há 1 ano e 4 meses. “Ela está engatinhando e quer ir para fora, vai até o portão e quer sair”, conta. O caso dela é o mais grave entre as oito meninas que ocupam a Casa das Mães. Após alguma resistência, conta que cometeu latrocínio, roubo seguido de morte. Ela também estava com o marido no momento do crime e ainda tem 3 ou 4 meses como interna para cumprir. Quando sair, pretende ir morar com a sogra no interior e aceitar qualquer trabalho. “Não posso ficar escolhendo, né?”, diz a adolescente. Sobre sonhos e o futuro, elas não falam. Dão respostas vagas. O fato é que as meninas estão entrando para o crime cada vez mais cedo. Em 2000, a idade média das internas era de 18 anos. Hoje, as meninas “rodam” com pouco mais de 15. E descobrem, nas palavras de J., que esse caminho é “rápido, mas nunca fácil”. Berçários e creches nas prisões O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, no fim do mês passado, uma lei que garante condições mínimas de assistência a mães presas e recém-nascidos. O texto determina que as penitenciárias femininas tenham berçários onde as mães possam cuidar e amamentar os filhos até, no mínimo, 6 meses depois do nascimento. A lei assegura ainda que haja acompanhamento médico pré-natal e pós-parto. Até então, as detentas ficavam com os bebês até os 4 meses de vida e depois davam para a família ou para abrigos, dependendo da situação. As prisões deverão também ter creches com profissionais qualificados para abrigar crianças de 6 meses a 7 anos, cuja mãe esteja presa e seja a única responsável. A autora do projeto, deputada Fátima Pelaes (PMDB/AP) ressaltou à imprensa que a lei é uma “obrigatoriedade de que realmente os presídios femininos disponham de um atendimento à mãe e à criança”. Fátima, que nasceu em um presídio e viveu nele até os 2 anos de idade, afirmou também que: “Toda mulher tem direito de ser mãe e toda criança tem direito à convivência com essa mãe, ao carinho e ao afeto. Isso faz diferença na vida dos dois.”

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