Desvio de rota
Entre compromissos do cotidiano e planos para o futuro, é possível se preparar para os imprevistos da vida?
O ser humano passa a vida fazendo planos, que vão do cardápio do almoço de domingo a uma viagem desejada. Com a passagem dos meses e dos anos, o planejamento pode até mudar de foco e exigir mais ou menos esforço, mas sempre haverá alguma vontade a ser realizada. Estudar, comprar uma casa, trocar de carro, investir na carreira, fortalecer as amizades, desenvolver um projeto pessoal e casar são metas comuns entre pessoas de diferentes países do mundo. Quem, entretanto, está preparado para a morte?
As
162 pessoas que embarcaram no voo QZ-8501 da AirAsia, no último dia 28
de dezembro, tinham sonhos, compromissos e familiares à espera. O plano
de passageiros e tripulação era sair de Surabaia, na Indonésia, e chegar
a Cingapura duas horas depois. Após a decolagem, o piloto do avião
chamou a torre de controle e pediu permissão para mudar a altitude para
evitar uma tempestade. A alteração de rota foi aprovada, mas, minutos
depois, a aeronave sumiu dos radares. Não foi emitido nenhum sinal de
socorro.
Dois
dias após o sumiço, a Indonésia confirmou que foram encontrados no Mar
de Java destroços do Airbus 320-200 da AirAsia. Autoridades do país
informaram que o logotipo da companhia foi identificado em objetos
localizados no mar. Até o fechamento desta edição, a Marinha indonésia
havia resgatado mais de 30 corpos.
No Brasil, outro acidente aéreo também deixou muitas pessoas perplexas. Na manhã de 27 de dezembro, a queda de um helicóptero em Bertioga, no litoral de São Paulo, deixou cinco pessoas mortas, três delas da mesma família. Entre as vítimas estavam um empresário de 33 anos, a esposa dele, uma advogada de 31 anos, e a filha do casal, de apenas 2 anos de idade.
O
acidente aconteceu próximo ao km 229 da rodovia Rio-Santos. O
helicóptero estava em situação regular na Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac). O veículo havia saído de um heliponto no Guarujá com
destino a São Paulo, onde o casal levaria a filha ao hospital.
Preparo para a morte?
Nos
dois acidentes aéreos descritos acima, é quase certo afirmar que nenhum
dos passageiros sabia que o fim estava próximo. Diante da
impossibilidade de controlar o curso da vida, seria possível fazer algo
para ao menos direcionar esse fluxo? O bispo Francisco Decothé garante
que sim. E afirma que o primeiro passo é reconhecer a finitude da vida.
“Temos que estar preparados para a morte, pois uma coisa é certa: quando
nascemos, a morte física vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Por
essa razão, temos que viver hoje como se fosse o último dia da nossa
vida”, explica.
Segunda chance
Em 24 de dezembro, um acidente entre um carro e dois ônibus na zona leste da cidade de São Paulo ganhou ares de milagre. Na tarde daquele dia, o motorista de um dos coletivos se sentiu mal e não conseguiu frear o ônibus, que passou por cima do carro. O veículo ficou prensado entre o ônibus que provocou o acidente e outro coletivo que estava à frente. Apesar da cena chocante, os dois ocupantes do carro tiveram apenas ferimentos leves. Por que, em meio à destruição, essas pessoas saíram vivas?
O
bispo Decothé tem uma explicação: “Deus, na sua infinita misericórdia,
dá oportunidade a todos, não importa a religião ou o que a pessoa faz.
Quando acontecem tragédias como essa e a pessoa se livra é Deus dando
mais uma oportunidade para a pessoa alcançar a salvação, cabe a ela
aproveitar”.
Mas
como não desperdiçar uma segunda chance? O bispo Decothé indica que a
fidelidade a Deus é o principal caminho. Isso significa que a pessoa
precisa estar disposta a obedecer diariamente os ensinamentos que estão
na Bíblia, como renunciar aos próprios desejos e desapegar-se do
material, das pessoas e dos sentimentos, e entender que Deus deve estar
em primeiro lugar em sua vida. Mas, para isso, a pessoa precisa saber
que a vida não acaba aqui. Após a morte, o corpo e os bens ficam, mas a
alma é eterna. E o seu destino só pode ser escolhido em vida.
Evangelização
e batismo na Fundação Casa SPVoluntários da IURD levam palavra de fé
aos internos SÃO PAULO – O trabalho de evangelização realizado pela IURD
nas unidades da Fundação Casa SP (antiga Febem) tem se intensificado
nos últimos anos. Semanalmente, voluntários da IURD levam uma palavra de
fé aos internos, procurando mostrar a importância de buscar a Deus.
Muitos têm demonstrado arrependimento de seus erros, que como
conseqüência lhes trouxe a privação da liberdade. Segundo o coordenador
do trabalho no Estado de São Paulo, pastor Geraldo Vilhena, os
resultados são gratificantes. "Procuramos levar aos internos conforto
espiritual, através do qual muitos têm aceitado com interesse a Palavra
de Deus e mudado de vida. Temos constatado o resultado do nosso trabalho
quando estes decidem se batizar e, aqui fora, nos procuram, querendo
dar continuidade ao que aprenderam enquanto reclusos", relata o pastor.
Prova disso foi o que aconteceu recentemente na Unidade de Franco da
Rocha, região da Grande São Paulo, quando um menor se batizou nas águas.
Na oportunidade, os internos, além dos familiares, foram presenteados
com um exemplar da Bíblia Sagrada. Para o diretor do complexo, Flávio de
Giácomo, atitudes como essa apenas reiteram a importância do trabalho
promovido pela IURD. "A presença da Igreja, não só hoje, mas no
dia-a-dia, é essencial para estabelecer um futuro melhor a todos,
especialmente colaborando com o nosso trabalho, que não é fácil. É um
grande prazer tê-los aqui e saber que sempre podemos contar com os
pastores e voluntários da IURD", destacou
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